quarta-feira, 30 de março de 2011

José Alencar - Trajetória, Frases e Vídeos

Postado por: O Criador & Criatura


Gostava muito do José Alencar. Era um empresário experiente e como político se posicionava, questionava o governo, mesmo sendo vice-presidente.

Além disso, estava com 79 anos e lutando há vários contra um câncer - com disposição, coragem e vitalidade que deveria ser uma lição para todos abraçarem suas vidas e fazer algo que vale a pena.


José Alencar - Roda Viva

Vídeos

Em homenagem ao político, a TV Cultura leva ao ar, nesta noite, às 23h45, sua participação nessa edição doRoda Viva em 2009, ano da crise financeira mundial.

YouTube - Roda Viva com José Alencar




Outras participações no Roda Viva:

José Alencar (2005)

O vice de Lula fala sobre sua desfiliação do PL e defende o presidente quanto ao escândalo do "mensalão"

José Alencar (2003)

O vice-presidente do governo Lula explica as razões pelas quais discorda da política econômica de juros altos praticada pelo Banco Central

Trajetória de José Alencar

YouTube - A trajetória do empresário mineiro




Entrevista no Jô Soares (2010)


YouTube - Jô Soares entrevista José Alencar
03/08/2010 (Parte 1 de 5)




Frases

"Eu tenho 71 anos de idade, eu não ingressei na vida pública para atender a nenhuma necessidade material minha, foi para levar alguma contribuição oriunda da minha experiência, e como eu venho da empresa, eu provavelmente enxergo com mais pressa o que precisa fazer do que os outros."

"Em toda a minha vida, sempre gostei muito do que faço, procuro trabalhar satisfeito comigo. Não me preocupo muito de ser mal compreendido, porque a vida é assim mesmo. Sou um democrata, por índole e respeito as pessoas, e procuro cumprir com o meu dever.

De uma família de 15 filhos, sou o décimo primeiro. Saí de casa aos 14 anos para trabalhar na cidade como empregado, me despedi do meu pai, que me disse: "Meu filho, eu tenho que te fazer uma recomendação: o importante na vida é poder voltar".

Então, eu estou fazendo um trabalho que me permita voltar para minha casa, minha família, minha cidade, meu estado, meu país, mas de cabeça erguida, consciente de que fiz tudo para cumprir o meu dever, dentro daquilo que eu penso que é bom.

É a única coisa que me move, eu não tenho nenhuma outra necessidade na vida, se não essa necessidade não material, de fazer uma grande realização, que me agrade e que eu tenho certeza que vai agradar aos brasileiros."

"Não tenho medo de morrer. De forma alguma. Mesmo porque, se Deus quiser me levar, Ele não precisa do câncer. Tenho medo é da desonra."

"Peço a Deus que não me dê nenhum tempo de vida a mais, a não ser que eu possa me orgulhar dele."


José Alencar

segunda-feira, 28 de março de 2011

Existimos quando Fazemos - Antônio Vieira

Postado por: O Criador & Criatura



"Nós somos o que fazemos.
O que não se faz, não existe.
Portanto, só existimos nos dias que fazemos.
Nos dias em que não fazemos, apenas duramos."

(Padre Antônio Vieira)


segunda-feira, 21 de março de 2011

A ''Oração aos Moços'', de Rui Barbosa: 90 anos

Postado por: O Criador & Criatura


CELSO LAFER
O Estado de S.Paulo 

Em março de 1921, a Oração aos Moços, de Rui Barbosa, foi ouvida na sessão solene da formatura da turma de 1920 da Faculdade de Direito de São Paulo. Rui foi o paraninfo dessa turma e para ela, que se empenhou em homenageá-lo no jubileu de ouro da sua formatura, escreveu a Oração aos Moços, que foi lida pelo professor Reinaldo Porchat, pois Rui, adoentado, não pôde comparecer à cerimônia, que, nas suas palavras, assinalava os seus "50 anos de consagração ao Direito" no "templo do seu ensino na São Paulo", onde estudou e se formou em 1870 e teve como colegas Castro Alves, Joaquim Nabuco, Rodrigues Alves e Afonso Pena.

A Oração aos Moços tem sido qualificada como o testamento político de Rui. Pode ser considerada uma explicitação do seu legado. Foi, como disse, uma oportunidade para, no termo da sua existência intelectual, tratar do significado da sua lida com o Direito.

Rui é um paradigma em nosso país dos advogados que se valeram do Direito como instrumento de ação política, como observou Afonso Arinos. Por isso viveu os grandes temas do Direito, que dominava em profundidade, em função do agir, como realçou Miguel Reale.

Em discurso no Instituto dos Advogados (18/5/1911) Rui, nessa linha, afirmou que o trato usual do Direito ensina e predispõe a desprezar a força, apontando que "os governos arbitrários não se acomodam com a autonomia da toga nem com a independência dos juristas". Daí o positivo papel dos advogados na vida de uma democracia. Na Oração aos Moços explicita que se dedicou, desde os bancos acadêmicos, à tarefa de "inculcar no povo os costumes de liberdade e à República as leis do bom governo, que prosperam os Estados, moralizam as sociedades e honram as nações". Destaca o papel da Justiça e observa que ela tem dois braços: "a magistratura e a justiça". Critica os "togados que contraíram a doença de achar sempre razão ao Estado, ao governo". Na missão de advogado engloba uma espécie de magistratura: a da justiça militante. Nisso inclui: "Não colaborar com perseguições ou atentados nem pleitear pela iniquidade ou imoralidade. Não se subtrair à defesa das causas impopulares nem das perigosas, quando justas".

A Oração aos Moços tem a característica de um local de memória da tradição cívica jurídico-política da Faculdade de Direito, que Rui encarnou e da qual é um grande ícone. Noventa anos depois de ter sido proferida, cabe a pergunta sobre sua atualidade.

Bolívar Lamounier apontou que o legado de Rui enfrentou, no correr dos anos, uma dupla desqualificação. Uma, proveniente do pensamento autoritário da direita, outra, do pensamento autoritário da esquerda. Assim, por exemplo, seja na perspectiva da ditadura republicana dos positivistas, seja na da ditadura do proletariado dos comunistas, a militância de Rui em prol da democracia e do governo das leis foi impugnada. Viu-se desacreditada por não levar em conta as diferenças que separam o Brasil real do Brasil legal, o ser do dever ser, a infraestrutura da superestrutura.

A depreciação deslegitimadora do que foi tido como o formalismo liberal e juridicista de Rui oculta, como realçado por Bolívar Lamounier, o significado e a atualidade da sua ação em prol da formação da esfera pública e da construção institucional da democracia no Brasil.

Nessa construção, uma vertente é o tema da ampliação da cidadania nos seus componentes civil, político e social. Rui cuidou desse tema desde o tempo de estudante, integrando com o ardor da justiça militante a campanha abolicionista e a luta contra a escravidão.

Da sua agenda, nesta vertente, cabe lembrar, com a instauração da República, a separação da Igreja e do Estado e, com isso, a laicidade da esfera pública e a liberdade de culto; a afirmação do voto como a primeira arma do cidadão e a liberdade como a sua condição substancial; a defesa da "extensão cada vez maior dos direitos sociais", que põe limites nas "noções jurídicas do individualismo".

A outra vertente foi a da construção de instituições democráticas, a que Rui se dedicou no seu empenho político de ser "o mais irreconciliável inimigo do governo do mundo pela violência" e "o mais fervoroso predicante do governo dos homens pelas leis", como disse no Instituto dos Advogados em 1911. Suas duas campanhas para a Presidência da República, seu papel no Senado e na imprensa têm esse significado exemplar, assim como sua ação diplomática na Segunda Conferência da Paz de Haia, em 1907.

Na sua lida de "sujeitar à legalidade os governos, implantar a responsabilidade no serviço da nação", opor-se "à razão de Estado" como "negação virtual de todas as Constituições", insere-se o papel que teve na criação do Supremo Tribunal Federal (STF) na nossa primeira Constituição republicana e na subsequente sustentação do "direito-dever" do STF "de guardar a Constituição contra os atos usurpatórios do governo e do Congresso", como afirmou no Instituto dos Advogados em 1914.

Em síntese, com o reconhecimento do valor da democracia, que a Constituição de 1988 positivou, vem perdendo terreno, em nosso país, sua desqualificação no espectro político, tanto à esquerda quanto à direita. Daí a atualidade do legado de Rui e a continuidade da importância da Oração aos Moços, passados 90 anos da sua inserção no mundo público. Com efeito, é visível para todos sem maiores necessidades de exemplificação que, no Brasil, a plena realização do valor da democracia é estrada com muitas etapas de construção institucional e cidadã a serem percorridas. Por isso, como disse Oswald de Andrade em 1949, Rui, "como a semente do Evangelho que precisa morrer para frutificar, (...) soube sempre morrer pelo dia seguinte do Brasil".

quinta-feira, 17 de março de 2011

Sociedade sem Escolas - Ivan Illich (Deschooling Society, 1971)

Postado por: O Criador & Criatura


Nesse post: breve história do Ivan Illich, resumo do livro Sociedade sem Escolas (Deschooling Society), posts sobre críticas à educação, resumo das idéias dele, link para os escritos/livros online.


"Boas intenções não têm muito a ver com o que estamos discutindo aqui.

Para o inferno com boas intenções. [...] Boas intenções não ajudam ninguém."

(Ivan Illich, trecho do discurso To Hell With Goog Intentions, na conferência para jovens americanos voluntários, 1968)


O austríaco Ivan Illich foi um ex-padre e polímata que tinha umas idéias bem interessantes (e radicais) sobre diversas áreas como educação, desenvolvimento tecnológico e econômico, fontes de energia, transportes, ecologia, medicina, trabalho...

Seus escritos explosivos foram atacados tanto pela esquerda quanto pela direita.

Sua obra mais famosa é "Sociedade Sem Escolas", onde defende a desescolarização da educação, autodidatismo e redes de aprendizado.

Ivan Illich - "Sociedade sem Escolas" - UnifespTV (3min)



Apesar de nunca ter se tornado muito conhecido, suas obras já na década de 1970 (!) antecipavam muito do que vivemos hoje: crise ambiental e energética, internet e redes sociais, mal-estar social e etc.

Criticava abertamente os malefícios da institucionalização, monopólios, commoditização e profissionalização de áreas chaves da sobrevivência humana. Desdobrou também a idéia da contraprodutividade - na qual uma instituição estimula o oposto do seu propósito.

  • Exemplo: indústrias médicas/farmacêuticas tem mais interesse nas doenças que na saúde, instituições educacionais tem mais interesse na ignorância do que no aprendizado.

    Semelhante acontece na política, no sistema jurídico, e em outras áreas. A preocupação maior da instituição é se justificar e se perpetuar.
Illich também viajou grandes distâncias a pé pela América Latina e dividiu a sua vida entre os EUA, México e Alemanha. Morreu de câncer na face, o qual ele mesmo tentou tratar durante 10 anos.


Ivan IllichIvan Illich

domingo, 13 de março de 2011

Você sabe como morreram os doze discípulos?

Postado por: O Criador & Criatura


Uma das coisas que mais impressiona na vida dos apóstolos, são a confiança e principalmente a coragem de fazerem a vontade de Deus. A maioria das pessoas sabem que os apóstolos, foram martirizados e torturados por causa do nome de Jesus, mas você realmente sabe os detalhes dessas barbaridades ? Se não, nos acompanhe nessa viagem com um misto de alegria e tristeza!
André:
André foi um dos primeiros discípulos de Cristo! Segundo alguns livros consultados, sua morte aconteceu na Grécia, durante o reinado de Trajano. André foi crucificado em uma cruz em forma de X.
Bartolomeu:
Bartolomeu foi apresentado a Jesus pelo apostolo Filipe! Segundo alguns livros consultados, depois de viajar a Índia para pregar o evangelho, converteu a muitos naquela região. O que provavelmente o levou a morte! Sua morte, aconteceu quando os sacerdotes daquela região, sentiram inveja de Bartolomeu e conseguiram ordens para retirar sua pele e ainda decapita-lo.
Filipe:
Conta uma tradição que ele morreu crucificado de cabeça para Baixo aos 87 anos, em Gerápolis, no tempo do imperador Domiciano.
Judas (não é o traidor):
Segundo alguns relatos, Judas foi martirizados cruelmente quando estava na Persia. Judas foi morto a golpe de machado desferido por sacerdotes, simplesmente por não adorar à deusa Diana.
João:
João foi o único discípulo de Cristo a morrer de morte natural, mais precisamente de velhice. João morreu em Éfeso!
Mateus:
Autor do primeiro evangelho, ainda à muitas divergências sobre sua morte. Segundo alguns livros consultados, Mateus foi decapitado, em outras fontes Mateus foi apedrejado e queimado na Etiópia.
Tiago, filho de Zebedeu:
Foi preso juntamente com Pedro, e decapitado por ordem do rei Herodes Agripa (At 12,2).
Tiago, primo de Jesus:
Segundo os historiadores Hegesipo, Clemente de Alexandria e o hebreu Flavius Josephus, o apóstolo teria sido condenado por se recusar a denunciar os cristãos, sendo apedrejado até a morte, por ordem do corpo religioso do Templo, dirigido pelo sumo sacerdote Ananias.
Tomé:
Consta que foi martirizado e morto pelo rei de Milapura, na cidade indiana de Madras, onde fica o monte São Tomé e a catedral de mesmo nome, supostamente local de seu sepultamento. Historiadores acreditam que o apóstolo foi morto alvejado por lanças, quando orava.
Pedro:
Foi executado por ordem do imperador, no mesmo ano de Paulo e pelo mesmo motivo, mas em ocasiões diferentes. Conta-se, também, que pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, por se julgar indigno de morrer na mesma posição de Cristo.
Simão:
Não existe muitas informações sobre sua morte, mas segundo uma notícia de Egésipo, o apóstolo teria sofrido o  martírio durante o império de Trajano, contando já com a avançada idade de 120 anos.
Judas Iscariotes:
Conta Mateus (27:3-10), que ele se arrependeu amargamente depois que viu a crucificação de Jesus, jogou as 30 moedas aos pés dos sacerdotes e em seguida, dominado pelo remorso, suicidou-se enforcando-se numa figueira. Também segundo a tradição, os sacerdotes pegaram o dinheiro e compraram um terreno para servir de cemitério aos estrangeiros, sendo posteriormente chamado deCampo do Sangue.
Matias:
Poucos relatos existem sobre sua vida, mas a tradição diz que ele morreu martirizado e decapitado em Colchis, perto do Mar Negro.

Olhando essas histórias podemos saber um “pouquinho” sobre a morte desses apóstolos de Cristo. Suas histórias não morreram com eles, e até hoje nos inspiram a ser como eles: FIEIS ATÉ O FIM!

Fontes: Livro Antiguidades de Flavius Josephus e Departamento UFCG